Pessoas com obesidade procuram tratamentos para perder peso que são ineficazes ou medicamentos com dosagem incorreta, causando problemas de saúde e riscos para o próprio emagrecimento.
Não é incomum encontrarmos pela internet, ou até mesmo na televisão, propagandas de tratamentos para a obesidade que não possuem comprovação científica em relação à sua eficácia e também à segurança. São inúmeros deles, como cápsulas, pomadas, gel de diminuição de gordura localizada, adesivos que prometem a redução da fome e, inclusive, comprimidos que prometem a famosa “bariátrica natural”, onde, supostamente, o comprimido iria liberar líquido no estômago capaz de trazer saciedade.
Mas, apesar de muitos desses tratamentos não serem eficazes, será que eles também podem ser perigosos para a nossa saúde? No texto de hoje, vou falar um pouco dos principais riscos que eles podem trazer para pessoas que estão em busca de emagrecimento. Veja!
Os maiores riscos nos tratamentos para a obesidade que não seguem critérios médicos
Vou citar abaixo quais os principais riscos que os tratamentos para a obesidade não comprovados pela medicina podem trazer. Vamos lá!
1- Demora para procurar tratamento adequado
Sem dúvidas, esse é o primeiro ponto que devemos abordar, porque os tratamentos para a obesidade não comprovados pela ciência e nem validados pela comunidade médica, atrasam o tratamento adequado e trazem a sensação de que a obesidade é uma doença onde não há necessidade de se procurar ajuda especializada – quando, comprovadamente, a obesidade é uma doença crônica onde o paciente, sozinho, tem muita dificuldade de conseguir resultados positivos, sendo extremamente importante procurar um médico de confiança para encontrar soluções viáveis e saudáveis.
A demora para procurar tratamento adequado pode gerar aumento dos sintomas associados, como doenças crônicas que se estabelecem, como diabetes e hipertensão.
2- Riscos de efeitos colaterais
As soluções oferecidas para a perda de peso podem vir associadas a diversos efeitos colaterais. Normalmente, as pessoas acreditam que emagrecedores naturais não trazem esse risco, mas todos os medicamentos ou mesmo vitamínicos ingeridos sem acompanhamento médico podem gerar problemas, como excesso da substância no organismo, causando náuseas, vômitos e aumento da pressão arterial, contribuindo ainda mais para o agravamento da doença crônica – que já merece uma atenção especial.
Até mesmo quando um medicamento emagrecedor for considerado natural, é importante que o seu médico seja consultado e que sejam realizados exames capazes de detectar qualquer tipo de excesso que possa prejudicar o organismo. Todo cuidado é pouco quando falamos do consumo artificial de vitaminas e minerais.
3- Emagrecimento não saudável
Por fim, se houver a procura por um emagrecedor que realmente iniba a fome, mas que seja ingerido sem o devido acompanhamento médico, pode ser que o paciente consiga emagrecer, mas que faça isso de maneira incorreta, consumindo poucos nutrientes ou perdendo peso muito rapidamente, causando o efeito sanfona. Além disso, medicamentos emagrecedores potentes também têm muitos efeitos colaterais e esses devem ser acompanhados pelo médico, especialmente porque pacientes com obesidade tendem a precisar de maior cuidado para evitar efeitos adversos graves. Nenhum emagrecedor deve ser ingerido sem exames preliminares e acompanhamento, especialmente os que não possuem comprovação de eficácia e custo-benefício.
É muito importante você entender um pouco mais sobre os riscos dos tratamentos para a obesidade que não possuem comprovação científica e fugir deles, no combate da obesidade, não existe milagre. Compartilhe nas redes sociais com seus amigos e familiares! Até a próxima!
Dr. Giuliano Campelo
Fontes:
Jornal USP
Hospital Albert Einstein
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