As metas para o Ano Novo são assuntos recorrentes nas confraternizações com a família. Na roda de conversa, sonhos e objetivos parecem palpáveis: o processo de emagrecimento, a saúde em dia, o curso finalizado. Mas após tantos planos, o que conseguimos realmente pôr em prática no ano seguinte? E quantas metas vão para as gavetas das nossas mentes, e lá ficam esquecidas?
A psicologia comportamental nos ajuda muito a aprender como podemos trabalhar a nosso favor sempre no intuito de melhorarmos como pessoa e termos uma vida mais plena. O que será que ela diz a respeito das metas de fim de ano? Será que podemos buscar formas de vencer as chances de deixá-las engavetadas?
Os tipos de metas para o ano novo
Na psicologia, entendemos as metas para o ano novo em dois tipos: as metas comportamentais e as metas pessoais. As metas comportamentais são aquelas que, com base em um comportamento diferente, conseguimos chegar até elas, como perder peso, se formar em um curso, entre outras. Já as metas pessoais referem-se mais às atitudes internas, como sentimentos, questões psicológicas, como ansiedade, depressão, relacionamentos difíceis, etc.
Para cada tipo de meta, as estratégias para que elas sejam cumpridas são diferentes, afinal, existe uma diferença cognitiva na forma como as encaramos e como os processos são solucionados. Veja exemplos:
– Metas comportamentais:
Nas metas comportamentais, onde a mudança de comportamento pode ser capaz de fazer com que elas se realizem, é interessante analisar o que pode estar te impedindo de chegar até o resultado final. Um exemplo simples: alguém que deseja se exercitar mais, porém, não tem um financeiro preparado para pagar aulas particulares com um profissional trainer. Nesse caso, uma boa estratégia seria, talvez, buscar academias mais em conta ou até mesmo treinos em grupo onde seja possível economizar.
Para que a meta seja atingida, é interessante anotá-la em um lugar onde haja fácil acesso, como um caderno ou no celular, em um bloco de notas. Uma vez na semana, visite a anotação e pense: o que falta para que eu comece a caminhar em direção à minha meta? Isso será muito útil para que você consiga cumpri-la.
– Metas pessoais:
Nas metas pessoais, o processo é um pouco diferente, porque há fatores cognitivos envolvidos, como o caso de viver sem ansiedade ou superar a depressão. Nesses casos, é interessante, ao invés de pensar em como chegar ao objetivo de extinguir o problema, é pensar em como você poderia conviver melhor com ele. Pense em fazer psicoterapia, entenda seus processos e, acima de tudo, respeite que ele não é linear. Diferente de uma meta objetiva, as metas pessoais são mais delicadas e precisam ser tratadas como tal para que a frustração não seja um fator a mais pesando em um psicológico já abalado naquele momento.
Alguns fatores pessoais são construídos durante toda a vida, como sinapses em nosso cérebro, que não são possíveis de mudar em poucos meses. Porém, pense em mudar atitudes que possam ajudar a lidar melhor com a questão, como a procura de um profissional habilitado, prática de meditação, entre outras.
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Dr. Giuliano Campelo
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